Jornais Digitais
Também conhecido como ciberjornalismo, jornalismo eletrônico, jornalismo online, jornalismo hipertextual, webjornalismo e outros, é a prática jornalística voltada para sua divulgação no meio virtual, ou seja, a Internet. A Internet, atualmente tem sido bastante referenciada pela sociedade, bem como neste meu humilde blogue, pois como já é conhecido pela maioria, nas últimas décadas, ela tem e está passando por um processo de imensa explosão e desenvolvimento, tendo-se constituído de áreas de interesse de diversas áreas do conhecimento, sendo uma delas o jornalismo, que sempre esteve presente e adaptado a qualquer novo meio de comunicação que surgisse, por exemplo (MIELNICZUK, [2001]):
a) impressão: jornal tradicional impresso;
b) rádio: radiojornalismo;
c) televisores: telejornalismo
d) web: webjornalismo.
Radiojornalismo |
Telejornalismo |
A Internet ao longo dos anos e da sua construção como importante meio de comunicação, senão o mais, veio apontando possibilidades variadas ($$$$ e outras) jamais vistas na comunicação de massas. Vendo-se essa porta se abrir, o jornalismo aventura-se pelo oceano virtual. Essa “aventura” é distinta por três fases históricas, conforme Mielniczuk ([2001]):
1ª fase: a chamada transposição, pois algumas matérias do jornal impresso eram disponibilizadas no formato digital, sem nenhuma adaptação ou coisa do gênero;
2ª fase: metáfora, quando houveram algumas tentativas de exploração do jornal e notícias na Internet, nota-se aqui, um interesse maior por parte das edições e organizações em si;
3ª fase: jornalismo digital, essa fase caracteriza-se pelo interesse acentuado dos jornais pelo ambiente virtual, com experiências e projetos desenvolvidos e destinados à implementação destes jornais na Internet. Ampla exploração dos recursos oferecidos pela rede como forma de atrativo e melhoras no webjornalismo.
Como demonstrado no breve histórico, podemos notar a timidez e receio das organizações na utilização da rede enquanto meio de comunicação, mas já nos anos 2000, com a afirmação da web como eficaz meio de transmissão de notícia e também como um possível fator comercial, o jornalismo “abraça e investe na causa”, e passa a prezar e utilizar a Internet como uma suplementação e inovação em relação ao meio tradicional.
Apesar do jornal impresso ainda ter certo valor no campo da comunicação, atualmente, tem-se notado uma predisposição de muitos jornais impressos extinguirem e apenas permanecerem em recurso digital. Ou mesmo ainda, aqueles jornais que nascem e se desenvolvem apenas na Internet. Um exemplo dessa tendência é o Jornal do Brasil, que teve sua última edição impressa em 31 de agosto de 2010, e após essa data, está sendo mantido apenas em formato digital. O jornal citado é antigo, sendo fundado em 1981. Em sua primeira publicação online, traz uma artigo de Lula, bem como os motivos pelos quais se optou pela mudança de recurso, os benefícios econômicos, ecológicos, modernos e outros, e também explicita que apesar da mudança, o enfoque e a linha editorial não irão divergir da linha seguida pelo jornal impresso. Abaixo, o link para o respectivo jornal digital: http://www.jb.com.br/.
Como no exemplo acima citado, e para melhor especificar melhor a disposição para o webjornalismo, a autora Mielniczuk ([2001]), elenca algumas características que poderão tornar-se potencialidades, caso bem aproveitadas pelos jornais digitais:
a) interatividade: o webjornalismo proporciona a participação do leitor no processo, fazendo assim, que este se sinta valorizado e importante. Participa através de fóruns, opniões, chats e etc.;
b) personalidade e costumização: diz respeito a produtos jornalísticos personalizados que acordo com os interesses dos leitores;
c) hipertextualidade: utilização de links remetendo a outros sítios da Internet, como matérias na íntegra ou informações adicionais;
d) multimidialidade: convergência dos fatos das mídias tradicionais (imagem, texto e som) na narração do fato jornalístico;
e) memória: o volume e o acúmulo de informações é maior, e o seu acesso também.
A partir dos itens acima citados, podemos atentar para uma gama de possibilidades no meio digital, cabendo as organizações sabe-lás aproveitá-las, e assim como no formato tradicional, inovar, tendo-se em vista as inúmeras oportunidades que a Internet proporciona. Alves, (0000) cita a importância da Internet como alcançe global, rompendo barrreiras de tempo e espaço. Diz ainda que a constante interação com o leitor/usuário é muito válida e credível de utilização. A Internet, de certa forma propicia uma certa liberdade em relação ao usuário. Para o autor, de acordo com a lógica construída pela Internet não faz sentido que eu escute, olhe, interaja com algo que não é de meu agrado. A lógica é a seguinte, acesso ao que eu quero, na hora desejada, no formato desejado e no local de minha escolha.
Para finalizar esse tópico, trago um pensamento de Alves (0000) que me deixou com a “ pulga atrás da orelha”, e serve como refelexão para diversas áreas e seus profissionais. Ele relata que nos dias de hoje, há muitos que profetizam o fim dos jornais, devido ao surgimento da Internet e webjornalismo, bem como o fim dos livros e tantas outras coisas. No caso do jornalismo, este sempre se preocupou e agiu frente o desinteresse dos jovens pelas notícias e o jornal (desinteresse confesso por mim, também!!!!!). Eles notaram portanto, que esses jovens ao disputar no mercado de trabalho, se estabelecerem numa carreira e constituírem família passavam a ler o jornal. Essa observação foi feita e “comprovada” por várias gerações, resultando na existência contínua de público ao jornal (nesse caso, o impresso). A ressalva feita pelo autor é a que, daqui a 15/20 anos, quando os jovens de hoje forem os adultos do futuro eles também começariam a se interessar pelas notícias e consequentemente seus jornais, o fato porém conflitante está, pois essa geração citada é a “geração web”, tendenciosa para ela e seus conteúdos, entre eles o jornal digital. Estaria anuncionado o fim do jornal impresso?
IMPACTO DOS JORNAIS DIGITAIS NOS PROFISSIONAIS DA INFORMAÇÃO
Com o advento da Internet (desculpem a repetição, mas nesse contexto se torna inevitável) e a potencialização de produção da informação, o profissional da informação, seja ele bibliotecário, arquivista ou museólogo, está sendo convidado a desafiar um gigante informacional, a Internet, e coletar, ordenar, classificar, armazenar e disponilizar uma informação advinda da web é uma tarefa árdua que ainda estamos aprendendo a domá-la.
A web é dotada de um aspecto absolutamento “mixado”, diversificado, onde pode-se encontrar praticamente tudo de várias maneiras possíveis. E essas maneiras possíveis muitas vezes são incertas, sem denominação de criação, direitos, fazendo com que muitas informações sejam desconsideradas por este fator. O desafio portanto é a seleção das informações, o seu processamento correto e sua disponibilização, pois de nada adianta produzir milhões de dados ou informações diariamente, sem que se possa acessá-las posteriormente.
Com a “moda” do webjornalismo, acho fundamental que as próprias organizações se certifiquem da guarda e fácil acesso a todo o material disposto na web, pois este e qualquer outro que se encontre na rede, é dotado de valor, e poderá servir como elemento contribuidor da formação da história de uma época em um futuro próximo.
Referências
ALVES, Rosental Calmon. Jornalismo digital: dez anos de Web… e a revolução contínua. Comunicação e Sociedade, São Bernardo do Campo, v. 9 n. 10, 2006. Disponível em: < http://revcom.portcom. intercom.org.br/index.php/cs_um/article/view File/4751/4465>. Acesso em: 29 out. 2010.
MIELNICZUC, Luciana. Características e implicações do jornalismo na Web. In: Congresso da SOPCOM, 2., 2001, Lisboa. Disponível em: <http://200.18.45.42/ professores/chmoraes/comunicacao-digital/13-2001_mielniczuk _caracteristicas implicacoes.pdf>. Acesso em: 29 out. 2010
ÚLTIMA edição impressa do JB destaca versão digital e artigo de Lula. In: IG. 31 ago. 2010. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br /brasil/rj/ultima+ edicao+impressa+ do+jb+destaca+versao +digital+e+artigo+de+lula /n1237765714333.html>. Acesso em: 29 out. 2010.
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