Webmuseus

    Com o vertiginoso e incontestável avanço da Internet a partir dos anos 90 e tendo-se em vista que esta influenciou e impactou muitas áreas, devido ao seu caráter dinâmico e inúmeras potencialidades, a museologia também foi afetada. Atualmente cada vez mais nos deparamos com os chamados webmuseus, que segundo Carvalho (2008) estão em pleno desenvolvimento, estando em construção há apenas 10 anos, sendo por isso motivo de intensas discussões na área para uma definição concreta dos conceitos deste novo tipo de atividade museológica.


   Alguns estudiosos criticam a criação e expansão desses webmuseus. Pois temem o desaparecimento e desvalorização do museu real, físico, entretanto outros acreditam que a exposição de suas obras contribui para instigar a curiosidade, ou mesmo proporcionar a pessoas que possivelmente nunca terão condições ou acesso ao acervo real. Carvalho (2008) diz que os museus digitais não apresentam riscos ao museu físico, pois não pode representar exatamente o objeto real, com seu formato tridimensional e aqueles outros fatores que somente o museu físico pode propiciar ao visitante, o que acontece no meio digital é uma extensão do museu, de modo a revelar a natureza essencial de um museu.

   Carvalho (2008), em seu trabalho, revisando algumas literaturas, expõe a confusão em relação aos termos que representem os museus digitais. Ela conclui entretanto que os chamados museus virtuais são aqueles existentes apenas em formato digital, com suas obras criadas digitalmente. Devido ao seu caráter recente, a nomenclatura da área ainda não se constituiu padrão, podendo ser chamados de museus on-line , museu eletrônico, hipermuseu, museu digital, cibermuseu, webmuseu, e etc.

   Quanto às vantagens e desvantagens dos webmuseus, Rozados e Demétrio (2010) expõem primeiramente algumas vantagens como: a flexibilidade e dinamismo, propiciados pela Internet; as obras e imagens dos acervos podem ser mais facilmente reproduzidas e exibidas, tornando-se até mesmo um fator adicional na educação. E também aponto a universalização, pois torna possível a visualização a todos desses materiais, e também como meio de informação, pois através deles podemos obter informações de localização, horários e preços, e também termos noção do foco do museu, ou seja, como já dito anteriormente, da sua natureza essencial. Quanto às desvantagens, destaco a dificuldade da questão dos direitos autorais de autor, a qualidade das imagens apresentadas, e também o quesito de substituição do museu físico e da perda da “emoção” de ver ao vivo e a cores o objeto.

   A classificação dos museus em âmbito digital se dá devido ao seu conteúdo, conforme Schweibenz (2004, apud Carvalho, 2008), que os divide em quatro tipos:

Museu folheto: é basicamente um informativo sobre os museus, com suas informações básicas, objetivando informar assim, possíveis visitantes;

Museu de conteúdo: também contém informações básicas sobre o museu possibilitando também a exploração e visita virtual, não estando entretanto, arranjado e especificado didaticamente, de modo que é útil para especialistas do que para leigos;

Museu do aprendizado: trata de seu acervo digital de forma mais didática sendo organizado para diferentes tipos de visitantes, contém bastante conteúdo adicional sobre as obras para que o usuário aprenda e possivelmente retorne ao site;

Museu virtual: aquele que não contém acervo físico, informa sobre o seu acervo e também o de outras instituições.

   Em visita a alguns sites de museus, podemos que notar que a diversidade dos tipos de museus é bastante freqüente, isso demonstra que a prática ainda não está consolidada, e que a muito ainda a ser explorado pelos museus no sentido da Internet, e de potencializar e talvez aumentar o número de visitantes tanto online quanto fisicamente. Acredito que os webmuseus são bastante úteis atualmente, com múltiplas opções e também múltiplos visitantes.

   Os sites visitados geralmente são de fácil acesso e entendimento, sem muitos problemas quanto à visitação neste, quando internacionais, a maioria disponibiliza algumas outras línguas, principalmente o inglês . Apresento alguns sites interessantes, e algumas informações sobre estes.




O site apresenta alguma das obras do Museu Nacional do Iraque, explicando seu contexto e dando sua descrição. No próprio site a instituição diz que o Museu Virtual não objetiva reproduzir fielmente seu cenário e nem a totalidade das peças de seu Museu, mas sim dar a oportunidade ao visitantre de entrar em contato com o patrimônio arqueológico, histórico e artístico de uma das instituições mais importantes do mundo, através da Internet.

O site do Museu Nacional do Iraque, que se situa em Bagdá, se constitui em um site bastante simples o que facilita a navegação, tem algumas informações sobre o Museu, sua história, e alguns objetos da coleção. Em minha opnião, o site é bastante bom ao que se propõe, com clareza e sem um carregamento excessivo de informações. Ao meu ver o Museu Virtual do Iraque, se constitui como um museu folheto, por trazer prioritariamente informações básicas acerca do museu, de modo a conquistar possíveis visitantes.


   Museo Virtual de Artes – MUVA: http://muva.elpais.com.uy/

Este tipo de site se constitui como um museu virtual devido ao fato de não existir fisicamente, mas existir em formato digital, conforme no próprio site é  dito, um museu 100% digital, dinâmico e interartivo que contém as obras mais famosas da arte uruguaia. Objetiva mostrar a arte contemporrânea dos artistas uruguaios, desde os novatos até os mais velhos, oferece um amplo espectro da criatividade artística do Uruguai, com o MUVA, pode-se ter acesso à áreas pouco exploradas e de difícil  acesso. O site é eficiente, bastante interativo, dinânico e criativo, com formato diferenciado e parecendo que se está visitando fisicamente um museu.

  



REFERÊNCIAS

CARVALHO, Rosane Maria Rocha de. Comunicação e informação de museus na Internet e o visitante virtual. Museologia e Patrimônio, v. 1, n.1, jul/dez 2008. Disponível em: < http://revistamuseologiaepatrimonio.mast.br /index.php/ppgpmus/article/viewFile/8/4>. Acesso em: 20 nov 2010.


ROZADOS, Helen Beatriz Frota; DEMÉTRIO, Alexandre. Webmuseus. [2010]. 11 diaspositivos.

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Jornais Brasileiros

Assim como os famosos e imponentes jornais mundiais, o Brasil também possui jornais com edições digitais ou, exclusivamente,  disponibilizados em formato digital. Como já dito em posts anteriores os jornais digitais são de grande importância para o novo cenário jornalístico que se instaura e também para a sociedade cada vez mais informatizada e familiarizada com a Web. As edições digitais auxiliam não apenas o seu leitor, com atualiação instantânea, rapidez e dinamismo, mas também a muitos profissionais da informação que muitas vezes se utilizam dessas fontes para prestar algum serviço ou estar “antenado” às novas tecnologias, recursos e notícias. Sem mencionar, a gama de possibilidades que nos é oferecida, podemos com poucos cliques, saber tanto de esportes, quanto da política nacional e internacional.

Para complementar o que já foi exposto, trago uma reportagem do Jornal O Globo, intitulada: “New York Times publicará lista de e-books mais vendidos”. Minha escolha se justifica em face da constante preocupação de muitos profissionais da informação, essencialmente os bibliotecários, pois geralmente muitos destes laboram em bibliotecas cujo acervo é predominantemente livros impressos, e caímos naquelas perguntas que não querem calar, sendo motivo de efervescentes debates na área: “os livros (impressos) vão acabar?”, “serão substituídos pelos e-books?”. Bem, quanto a isso, não podemos afirmar prescisamente e cabe esperarmos e adaptarmos às novas tecnologias e suportes.

O Jornal O Globo, fundado em 29 de julho de 1925 e sediado no Rio janeiro, é um dos mais influentes e importantes jornais brasileiros, sendo parte do conglomerado de empresas de mídia, as Organizações Globo, juntamente com a TV Globo, Rádio Globo e Editora Globo. Em seu quadro, tem colunistas de renome no cenário brasileiro, como Luís Fernando Veríssimo, Míriam Leitão e outros. No seu site, dentre muitos serviços cito alguns como: muitas facetas de assuntos (Esporte, Economia, Casa, Tecnologia, Política, Cultura, Saúde), interatividade, possibilidade de contato, entrevistas, lista de colunistas e seus sites, participação do leitor e etc. (WIKIPÉDIA, 2010)
Em uma de suas tantas seções, a de Tecnologia, me interessou a matéria de divulgação da publicação, a partir de 2011, pelo New York Times da lista dos e-books (ficção e não ficção) mais vendidos, levando-se em consideração o crescimento constante desse material. De janeiro à setembro de 2010, a venda de e-books atingiu o número de US$ 304,6, tendo um aumento de 190% neste período. Segundo o The New York Times, e seu editor de pesquisa Janet Elder, o programa para a contagem das vendas foi desenvolvido ao longo de dois anos, e que a atitude é  o reconhecimento ao crescimento e à influência do mercado editorial eletrônico. Devido a sua enorme credibilidade em todo o cenário mundial, desde 1935 as listas dos “mais vendidos” do jornal The New York Times são referenciais para editores, escritores e leitores, sendo por muitas vezes republicadas por outros jornais e revistas.


Bom, como vimos, e como acredito eu, o crescimento dos e-books é incontestável, bem como o do webjornalismo, então já que caminhamos a longos passos para uma sociedade praticamente eletrônica, nós como futuros profissionais da informação, devemos saber tirar proveitos dessas oportunidades, por exemplo, ao visitar  e navegar por um jornal digital, podemos captar alguma nova informação  e repassá-la ao nosso usuário, ou mesmo pesquisar por entre eles alguma informação que lhe seja requisitada. Ou então, com o aumento dos e-books, a biblioteca (por exemplo) possuir uma catálogo de e-books, para facilitar a chegada do leitor ao material desejado, e coisas desse genêro, não esquecendo portanto, a satisfação final do usuário.



Referências


NEW York Times publicará lista de e-books mais vendidos. O Globo, Rio de Janeiro, 12 nov 2010. Seção Tecnologia. Subseção Mídia. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/ tecnologia/mat/2010/11/12/new-york-times-publicara-lista-de-books-mais-vendidos-923011158.asp>. Acesso em: 13 de nov 2010.


WIKIPÉDIA. O Globo. 19 set 2010. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/ O_Globo>. Acesso em: 13 nov 2010.

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Jornais Digitais e os profissionais da informação


 Atualmente, sabemos que todos os profissionais, independente da área, devem estar em constante atualização e também estar sempre informados acerca das notícias nacionais e internacionais. Com a web, e todas suas facilidades, os jornais digitais ganharam espaço e com isso, hoje é possível eu estando no Brasil, ler matérias dos mais diferentes e importantes jornais mundiais através do computador.

Essa possibilidade acarretou muitos benefícios, pois é possível saber as notícias de vários países com poucos cliques no computador, e prever os reflexos destas no meu país, economia,  na minha profissão e etc.

Os profissionais bibliotecários, que trabalham essencialmente com a informação, devem sempre manter-se atualizados, tendo em vista o caráter multimídea de seu instrumento de trabalho. A área biblioteconômica, bem como seus profissionais, estão sofrendo mudanças ao longo do tempo e para que possamos nos adequarmos a elas devemos estar atentos para as novidades que surgem no nosso meio.

Os jornais digitais, tanto nacionais quanto internacionais, se constituem também como um fator de auxílio aos profissionais da informação, pois tornou-se muito mais prático, econômico e rápido dar um “giro” pelo mundo através de seus jornais.

Como complemento, trago uma situação real vivenciada por mim. Na ocasião, estava numa biblioteca e ouço a bibliotecária falar: “ [ . . . ] bibliotecário tem se estar sempre atualizado [ . . . ]”. a bibliotecária falava isto pois estava conversando com outra pessoa e mostrando-lhe que a UFRGS disponibiliza alguns jornais eletrônicos e que estes eram bastante utilizados por ela para se manter atualizada e conectada com o mundo.

A atividade desta semana proposta para atualização do blog, deveria incluir a análise de uma notícia retirada de um jornal digital internacional. A pesquisa, para encontrar a matéria foi demorada, mas finalmente consegui encontrar uma matéria interessante e que tem relação com o nosso meio. A matéria escolhida foi a do jornal “The New York Times”, o qual trarei algumas informações abaixo.


O jornal The New York Times, mundialmente conhecido, foi criado em  1851 por Henry Jarvis Raymond e George Jones. Inicialmente suas edições eram matutinas e de segunda à sábado, com a Guerra Civil Americana passa a ser diária. Em 1996, passa a ter edições online, sendo referência em conteúdo jornalístico digital. Mensalmente é visitado por 20 milhões de usuário, tornando-se o quinto site mais visitado da Internet e o mais famoso nos EUA. Pertence a The New York Times Company que publica outros importantes jornais (16) e também responsável por mais de cinquenta sites. (WIKIPÉDIA, 2010)

A matéria escolhida tem seu título: “Prize Is Created for Gay Literature for Young Readers”, ou seja, “Prêmio é criado para literartura gay para jovens leitores”, e versa sobre a criação por parte da American Library Association (ALA), do prêmio para literatura infantil gay. O presidente da Associação, Robert Stevens, diz que os livros infantis que contém experiências gays se constituem de um instrumento fundamental no ensino a tolerância, aceitação, e importância da diversidade, tendo em vista que 14 milhões de crianças americanas tem um pai gay ou mãe lésbica. Cita ainda que as obras vencedoras serão acompanhadas por profissionais como bibliotecários, pais e professores e terão sua distribuição em escolas, bibliotecas e livrarias após o prêmio. (BOSMAN, 2010)

Link para a matéria na íntegra:



O artigo escrito por Bosman me chamou atenção por ver que existe um incentivo, na caso da American Library Association, a diferentes tipos de literatura, o que, acredito eu, não acontece no Brasil, onde ainda existe uma certa censura à obras, até mesmo praticada pelos profissionais bibliotecários. Nós como futuros profissionais  temos como dever disponibilizar todo tipo de material e incentivar as suas mais diferentes formas de expressão e gênero. Acho louvável a iniciativa da Associação, devendo nos servir como exemplo, até mesmo de reflexão sobre preconceito e respeito pela diversidade, tanto sexual, cultural e literária.


Referências


WIKIPÉDIA. The New York Times. 8 out. 2010. Disponível em: < http:/ /pt.wikipedia.org/wiki/The_new_york_times >. Acesso em: 06 nov. 2010.


BOSMAN, Julie. Prize Is Created for Gay Literature for Young Readers. The New York Times, New York, 01 nov. 2010. Section Arts. Disponível em: < http://artsbeat. blogs.nytimes.com/2010/11/01/prize-is-created-for-gay-literature-for-young-readers/ >. Acesso em 06 nov. 2010.




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