A Cultura da convergências e as mídias


O assunto desse post gira em torno da Cultura da Convergência proposta pelo americano Henry Jenkins e sua relação com as mídias. Com último post solicitado à disciplina, nos foi proposto fazer uma ligação entre a a teoria de Jekins e o conteúdo da disciplina, de forma a obter respostas frente a dúvida de sistematização, busca e recuperação das informações que estão espalhadas pelas diferentes mídias de forma eficaz e rápida.





Para começo de conversa, inicio com algumas falas de Henry Jenkins (2008) sobre a Cultura de Convergência que é basicamente o fluxo de informação, conteúdo através dos diversos suportes midiáticos, a cooperação entre os diversos mercados midiáticos e ao comportamento migratório dos públicos de meios de comunicação; é o  processo de transição midiática, ou seja, as mídias e a forma de comunnicação estão tomando novos rumos, seguidas por mudanças tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais. Outro ponto fortemente marcado na obra de Henkis é o fato da adaptação dos produtores de mídias para o novo público a que atende e para a atenção de empresas e organizações para os novos campos e possibilidades que se abrem com os diferentes tipos de mídias hoje existentes, de modo a explorar esses novos canais de comunicação.

O novo público atualmente diz respeito aquele consumidor ativo, que participa e interage no processo de construção, que não está sozinho, está conectado socialmente e que por muitas vezes não se mostra leal ao seu fornecedor quando aparece algo melhor no mercado, caracterizando-se como constante migrante. Em contraposição ao consumidor antigo que era passivo, apenas recebia e aceitava, está sozinho, não interagia e se mantinha fiel.


O fluxo de informações que circulam nas mídias é bastante grande, essa circulação deve-se em parte a atividade do usuário frente ao conteúdo exposto na mídia. A esse fenônemo o autor chama de cultura participativa, onde todos são incentivados a dar sua parcela de contribuição, bem como buscar novas informações e fazer conexões, agora os produtores midiáticos misturam-se com os consumidores das mídias.

O processo de participação coletiva, dá origem a outro fenônemo que Henry denominou como inteligência coletiva, em que ao unirmos nossos diferentes saberes, experiências e habilidades possamos dar vida a novos conhecimentos e empregá-los de maneira acontribuir para o bem da sociedade.

Com o surgimento de diversas mídias diferentes e maneiras cada vez mais criativas de empregá-las, um questionamento vem à tona no texto de Jenkins, com o advento das novas mídias as antigas serão excluídas, deixarão de existir? Para ele não, em primeiro lugar eles serão obrigados a conviver e coexistir com as mídias e meios emergentes, e em segundo, devem estar atentas para essas mudanças de forma a conquistar seus usuários. Os velhos meios de comunicação nunca desaparecerão ou morrerão, e sim as ferramentas que utilizamos para acessar seu conteúdo. O que muda são as tecnologias. Pensemos por exemplo em um jogo de futebol, no princípio, onde não havia televisão nem rádio, a única maneira é a de assistir presencialmente  a partida, após com o rádio e a televisão já era possível ouvir ou ver o jogo sem precisar se deslocar ao local, e hoje podemos ver ao vivo, os jogos pelo computador através da Internet e também pelo telefone celular. Note então, que a mudança se deu nos instrumentos para assistir ao jogo, passando do rádio, para a televisão, do computador para o celular.

Com a maior participação do consumidor nos modos de comunicação e  sua apropriação, ou seja, o controle das mídias pelas pessoas,  sua responsabilidade também aumentou, pois quando lançamos algo na mídia não sabemos qual será a reação da sociedade frente ao fato, tendo que estarmos preparados para as consequências destes atos, que podem ser positivos ou negativos.

Com a convergência das mídias muitas empresas viram nessa teoria possibilidade de expandir seus negócios, lançando suas marcas ou produtos nos mais diferentes meios de comunicação e mídias. Vamos exemplificar com um fato que se mostra infalível em nossa sociedade, eis que surge um novo cantor de muito sucesso que arrasta multidões e emplaca sucessos musicais. Essa cantor entretanto, não atuará somente no meio musical, mas em outras mídias, como por exemplo na televisão ao participar de campanhas publicitárias que também podem se dar em forma de publicidade na rua com outdoor, também nas rádios ao tocar suas músicas, na Internet com vídeos e sites por exemplo. Ao lançar uma marca de roupas com o nome do cantor, entre outros. Todas essas maneiras de publicidade, através de meios de comunicação servem para aumentar o sucesso do cantor e também sua conta bancária.




Ao mostrar os pontos principais do 1º capítulo do livro de Henry Jenkins, “Cultura da Convergência”, podemos apontar algumas semelhanças com alguns dos conteúdos estudados na disciplina e que estão em posts anteriores neste blog. Por exemplo, quando o autor trata da questão da inteligência coletiva, pude perceber uma certa ligação desta com os blogs, pois hoje em dia qualquer pessoa que tenha os instrumentos e habilidades necesssárias, pode montar um blog e dar suas opniões, críticas, lançar novas dúvidas e ideias. Os blogs também contém um dispositivo onde seus seguidores ou não do blog podem deixar comentários sobre cada postagem, o que influi para uma discussão acerca do assunto tratado no post, podendo este gerar uma nova perspectiva do conteúdo. Vejo dessa forma, uma maneira coletiva de pensamento, onde cada um contribui de alguma maneira para uma posssível construção de um significado, conhecimento ou informação. Antigamente todo o saber era pensado, construído e disseminado de poucos para muitos, hoje vejo que isso começa, lenta e gradualmente, a mudar, sendo agora de muitos para muitos.


Outro ponto importante a ser destacado do texto de Jenkis e que mantêm relação com outro conteúdo proposto na disciplina é o fenômeno da cultura participativa, onde assim como nos blogs cada um tem sua parcela de contribuição que se dá através da possibilidade de participação nas mídias. Para exemplificar o citado, trago os jornais, onde geralmente há uma sessão onde o leitor pode falar, criticar, elogiar e etc.,  e na Internet, onde os exemplos são inúmeros, basta falar no Wikipédia, onde os usuários podem escrever artigos sobre determinados assuntos, neste pode-se notar uma participação relevante por parte do público. O poder  de participação do público está aumentando, e com isso também, o controle das mídias por eles.


O autor nos traz à tona uma discussão que atualmente está bastante presente, inclusive em meu blog, que é a de com as novas mídias e suportes o desaparecimento das antigas. Como exemplo dessa discussão trago os jornais digitais em contraposição aos jornais tradicionais impressos, os e-books  e os livros tradicionais e até mesmo com o advento dos webmuseus a discussão acerca da diminuição das visitas presenciais aos museus físicos.

Como vimos as relações são inúmeras e passíveis de estudos mais aprofundados. As mídias e principalmente as mídias digitais, que estão em franco desenvolvimento, devem ser bastante analisadas para que no futuro possamos utiliza-lás com a certeza de veracidade e recuperação,  e para isso contamos com esforços constantes dos nossos profissionais.


Referências


JENKIS, Henry. Cultura da Convergência. 2008. Disponível em:< http://moodleinstitucional. ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=133745>. Acesso em: 08 dez 2010.

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O blog tem por finalidade atender às solicitações da disciplina de Informação em Mídias Digitais objetivando informar, explicar e exemplificar as novas tendências de informação que se encontram na rede. Tratará de diferentes temas relacionados com a Ciências da Informação.

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